quarta-feira, 26 de março de 2014

Dicas sobre trompete

Dicas Gerais

Seguem algumas dicas gerais sobre os cuidados com o trompete. Fonte: Home Page do prof. Sylas Xavier (Veja mais sobre esse assunto no site www.clinicadeembocadura.com)

Introdução:


Apresentamos abaixo algumas dicas sobre limpeza, conhecimentos gerais e até alguns mitos que pairam sobre todos os trompetistas. Caso queiram completar ou mesmo melhorar as dicas é so mandar email que eu irei editar.

Dicas:


• O banho no instrumento, tanto dourado quanto prateado, muito utilizado pelos músicos mais vaidosos, altera a qualidade sonora só quando a parte dourada é laqueada.
• Mudar de instrumento freqüentemente, não ajuda muito a conhecer que tipo de som você deseja; o mesmo pode ser aplicado ao bocal.

• A falta de limpeza do instrumento torna o som opaco, acontecendo o mesmo com o bocal.

• Nunca use saliva para lubrificação dos pistons porque, esse hábito desgasta o metal por causa do ácido da saliva.

• Use somente água morna e sabão neutro para a limpeza do isntrumento. Recomenda-se que essa limpeza geral seja feita com a regularidade mínima mensal.

• Nunca use produtos abrasivos para limpar seu instrumento externamente, use qualquer creme dental, faz o mesmo efeito e pode ser usado no bocal também.

• Não existe bocal perfeito, e sim o bem fabricado.

• O período de adaptação de um bocal é no mínimo de 3 meses.

• Bordas muito afiadas diminuem a resistência e causam ferimentos irreparáveis aos lábios.

• Bordas com muito apoio são ideais para todas as regiões.

• Todo bocal bem fabricado, entra sempre o mesmo comprimento dentro do trompete.

• Taças em V tem amplitude sonora diferente das convencionais.

• Bocal com shank amassado (parte traseira do bocal) dificulta a afinação e estraga o leadpipe (onde é encaixado).

• Bocais com furação muito larga aumentam o volume sonoro mas, perdem o brilho sonoro.

Bocal sem banho dificulta a emissão da vibração e faz muito mal a sua saúde pois contém metais pesados.

• Bocais de muita profundidade não são ideais para se tocar trompete, pois sua freqüência sonora é incompatível com o brilho de um bocal mais raso.

• O corpo do bocal altera a projeção porque, quanto maior massa menor a vibração do corpo do mesmo.

• É recomendado não usar o mesmo bocal para tocar erudito e popular, são sons completamente diferentes.

• Ao guardar, evite deixar o bocal preso no instrumento, pois a saliva irá secar, causando o travamento do mesmo no leadpipe (parte do instrumento onde se encaixa o bocal).

• Sempre que mudar de bocal, procurar um do mesmo tamanho, a adaptação é muito mais rápida.

• Nunca mude de bocal várias vezes seguidas sem antes se adaptar ao que já usa (pode destruir a embocadura).
É fundamental conhecer mais sobre seu instrumento e as técnicas ideais para que você obtenha um maior avanço musical.

Fonte:

 
Fonte: Home Page do prof. Sylas Xavier (Veja mais sobre esse assunto no site www.clinicadeembocadura.com)

Efeitos no Trompete

Breve artigo com alguns efeitos que podem ser produzidos no trompete 
 

Surdinas

As surdinas, são equipamentos que colocados na campana do trompete abafam e alteram o timbre do instrumento. São construídas em madeira, metal, plástico, papelão, ou fibra de vidro. Dependendo do material empregado, conferem ao instrumento um timbre opaco ou metálico. 
Pelos efeitos adquiridos por elas, são muito utilizadas nas orquestras de jazz e sinfônicas. Exemplo a escutar: Flight of the Bumblebee de Rimsky-Korsakov, interpretado por Winton Marsalis.

Notas Duplas

As notas duplas são outro efeito interessante que pode ser feito no trompete. Obtem-se o efeito tocando uma nota e cantando outra ao mesmo tempo. Se elas estiverem afinadas o ouvido escutará uma terceira nota, quem sabe um acorde maior.
Por o efeito ser produzido com o volume baixo, essa técnica é aplicada somente em solos ou em música de câmara.     

Glissandos

Do francês Glissando significa escorregar. Cria-se esse efeito através do aumento da pressão do ar e da contração dos lábios, passar rapidamente pelas diversas notas da série harmônica. 
De todos os instrumentos de metal, o trombone é o que consegue produzir um glissando mais perfeito ao deslizar a vara. No trompete se produz esse efeito com o aumento da pressão dos lábios como já citado e com a ajuda dos pistos do instrumento.
Um exemplo muito famoso desse efeito é o solo de trombone no Bolero de Ravel.

Vibrato

Ele pode ser produzido de diversas formas: pela vibração do diafragma, das cordas vocais do maxilar inferior e até mesmo pela vibração do instrumento com as mãos.

Frullatto

O frullatto é produzido com a pronuncia de rrrrr quando se toca uma nota. Imitando-se assim o som de um motor de carro.
Esse é um efeito muito utilizado nas orquestras de jazz. Exemplo a escutar: Caravan, interpretado por Duke Ellinghton. 


Bocais de trompete

Bocais

Um artigo sobre bocais, está em elaboração mas contem algumas informações interessantes. Contribuições são bem vindas

Bocais

O bocal é a peça do instrumento que é responsável por receber a vibração dos lábios, e repassar esta vibração para a coluna de ar no o interior do instrumento que irá modular estas vibrações conforme o comprimento do tubo do instrumento que pode variar com as chaves que estão selecionadas no momento e amplificar gerando o som.
O bocal influencia diretamente o timbre e a altura do som produzido pelo trompete, deve-se levar em conta as características do bocal para cada tipo de som que se deseja produzir. A escolha do bocal é muito particular e não há uma regra definida que se aplique a todos, entretanto, para os instrumentistas iniciantes, podemos recomendar as numerações entre 7 à 5 (numeração padrão dos bocais BACH).
A figura abaixo apresenta o corte de um bocal e as suas partes:

bocal Características de cada parte:
  1. Diâmetro interno do copo:
    1. Diametro interno mais largo facilita a produção dos tons mais graves com tonalidade rica enquanto que diametros menores auxiliam a produção de sons mais agudos.
  2. Largura da borda do copo:
    1. Um contorno chato tende a segurar os lábios no lugar, por isso bordas com um contorno mais arredondado permitem maior flexibilidade que os de contorno chato. Uma borda mais larga aumenta o conforto e a resistência sobre uma borda mais estreita. Porém uma borda larga oferece menos flexibilidade.
  3. Forma da borda:
  4. Borda do copo:
    1. Uma borda que tenha a beirada (bite) mais aguda no lado de dentro fornece articulações mais claras por segurar os lábios no lugar.
  5. Copo:
    1. Com o aumento do cup em tamanho, sobrará mais lábio para vibrar o que faz um som com mais volume. A profundidade do cup ajuda a controlar a qualidade do tom. Um formato arredondado produz um som mais brilhante. Quando mais o formato se aproxima de um "V", mais opaco o som se torna. 
  6. Garganta:
    1. Diametro maior produz maior volume e menor controle, enquanto diametro menor produz menor volume e menor controle
  7. Backbore
    1. O formato do backbore, tão como seu volume, é muito importante no controle da resistência e da qualidade sonora. Geralmente um backbore mais justo ou menor produz um som mais brilhante enquanto que um backbore mais largo produz um som mais opaco e meloso.
  8. Skank
    1. O tamanho do shank controla quão fundo o bocal se encaixa nos lábios. Na maioria dos instrumentos o bocal não se encaixa contra o fim do bocal, criando assim uma brecha entre o fim e o começo do bocal. Essa brecha é muito importante na medida que ela afeta a resistência e a entonação; uma brecha menor produz menos resistência e vice-versa.




 Materiais dos bocais:

Existem aproximadamente 5 tipos de materiais utilizados para a confecção de bocais para trompete entre eles:

Folheado a ouro:


 Para uma pequena porcentagem da população e os mais luxuosos trompetistas, existe uma opção disponível para dourar teus bocal.Para algumas pessoas que são alérgicas a prata, este é o melhor opção (mas não a mais barata) para que o instrumentista não tenha desconforto com o bocal. Ouro não mancha, por natureza, requer pouca manutenção e bastando lavar regularmente com água e sabão.

Banhado a Prata


Banho em prata é padrão em todos os bocais, pois é a melhor relação custo-eficácia, e é um bom material em termos de qualidade sonora. Não é tão confortável nem tão caro como o ouro, mas ainda tem propriedades e qualidades que são, por vezes, necessário para alguns estilos musicais. Alem de emitir um som mais claro e brilhante do que o ouro sendo bom para os estilos musicais que necessitam clareza e projeção. Além disso, é mais barato do que o ouro, mas requer uma maior manutenção, devido sua tendência de oxidar facilmente. Pode ser polido com polidor de prata para retornar ao seu brilho natural.

Plástico


Uma terceira opção é um bocal de plástico feito de plástico Lexan. Alguns dos aspectos positivos destes bocais são de que elas são muito duráveis e não amassam como os bocais de metal e são muito baratos em comparação com os bocais de metais. São comumente usados para tocar em condições exteriores devido sua característica de "esquentar" muito rápido. Eles são amplamente utilizados por instrumentistas em marcha (militares) devido a estas características listadas acima. O aspecto negativo deste tipo de bocal é que pode não ter o mesma qualidade sonora e sentimento como os bocais de metal.

Outros


Duas recentes adições ao mundo do bocal são os bocais de aço inoxidável e titânio. Eles são relativamente raros, sendo produzido por poucos fabricantes. Os bocais de Aço inoxidável e titânio tem muitas vantagens para os bocais clássicos, incluindo, um som mais centrado devido o aço inoxidável e o titânio não absorverem tanto as  vibrações como os bocais tradicionais. Requerem muito menos cuidados,entre outras vantagens. Entretanto, eles são muito mais caros.

Bocais indicados


A escolha do bocal é algo muito individual e depende de sua formação bocal e como seu bocal encaixa na sua boca. As dicas que serão apresentadas abaixo são apenas sugestões.
Iniciantes: Geralmente com bocais como o 11C4-7C (Yamaha), 7C (Bach) ou 7C (Giardinelli). É recomendável ficar com o tipo de cup e backbore que venha com um desses bocais. A escolha da borda (larga) é uma área em benefício do estudante neste estágio, desde que a escolha seja de acordo com a formação dentária, lábios e o maxilar do estudante. Há ocasiões em que se escolhendo um bocal com um diâmetro maior será melhor para o estudante. Se após algumas semanas o estudante ainda tiver problemas produzindo um tom, tente uma borda mais larga.
Em muitos casos em especialmente se o estudante tem os dentes frontais muito largos ou usa aparelhos, uma borda mais larga ajudará a soltar os lábios, permitindo assim uma vibração mais fácil.
Intermediários: Nesse estágio o estudante terá dessenvolvido maior resistência e poderá mudar para um bocal mais largo. É recomendável ficar com um cup e backbore de tamanho médio. Uma típica mudança seria de um 11C-7c ou equivalente para um 14C4 (Yamaha), Bach 5C ou Giardinelli 5C. Mudando para um bocal ainda mais largo dará um som mais cheio e um tom mais ressonante. 
Avançados: Se o trompetista está tocando em uma banda de jazz, especificamente se o repertório é pesado, ele optará para um bocal que realce os registros agudos tão como produzindo uma qualidade de tom que o ajudará a dar as "cortadas" na banda. Isso geralmente significa escolher um cup e backbore menor como os 13A4a (Yamaha), Schilke 13A4a ou os 14A4a (Yamaha), Schilke 14A4a e o Giardinelli 6S. Trompetistas estudando um método de jazz provavelmente preferirão um tom mais cheio, sendo o bocal um 13B4 (Yamaha), Bach 6C ou um 14B4 (Yamaha), Bach 3C, ou o Schilke 15B. Se o estudante está interessado em tocar em uma orquestra sinfônica, então provavelmente escolherá um 16C4 (Yamaha), Bach 11/2C, Giardinelli ST-2 ou um 17C4 (Yamaha), Bach 1C ou o Giardinelli 3C.

Fontes: Wikipedia, http://www.csr.com.br/trompete3.htm,

História do trompete

O Trompete

Descrevo aqui um bréve histórico sobre este instrumento apresentando suas origens, características e atualidades

Introdução:

O Trompete é um instrumento de sopro da classe dos metais também conhecido como Pistão, feito em metal contêm uma campânula que é responsável pela amplificação do som, contêm pistos que alteram o caminho de passagem do ar pelos tubos do trompete aumentando ou diminuindo a distância percorrida pelo ar no interior do instrumento, contêm um bocal onde o trompetista posiciona os lábios e pela vibração dos lábios e a velocidade do ar para o interior do instrumento o som é produzido.

História:


Com a evolução das técnicas de manipulação de metais estes tubos passaram a serem feitos de metal como a prata, o bronze e o latão.
O trompete foi muito utilizado na época do Império Romano mas praticamente desapareceu da Europa com a quedo deste Império ressurgindo no período das cruzadas quando foi encontrado com os sarracenos que o utilizavam para fins bélicos. No período da idade média o trompete foi ganhando státus de instrumento musical e não mais apenas para fins bélicos, por volta de 1400 os fabricantes de trompetes desenvolveram os trompetes curvados, que eram mais compactos, facilitando o uso.
Estes trompetes eram fabricados com metal batido e feito em duas partes, a primeira éra um cano com duas voltas e a segunda era a campânula, a campânula e o tubo eram soldados com cera de abelhas e rinham ornamentos nas junções para esconde-las. Os bocais destes instrumentos eram diferentes, suas bordas eram achatadas e largas, a garganta tinha um diametro maior e o "shank" era mais comprido e largo.
Aos poucos o trompete foi sendo utilizado para tocar nas igrejas, orquestras da corte e festas das cortes européias e os trompetistas foram ganhando estatus chegando a serem escolhidos pela corte e os demais cidadãos serem proibidos de tocar o intrumento.
Na idade média, mais especificamente no período barroco, a necessidade de produzir sons em outras freqüências que não as fundamentais do instrumento levaram alguns construtores destes instrumentos a criarem maneiras de alterar o comprimento do tubo e aumentar ou diminuir a freqüência do som produzido, após muitas tentativas e inventos surgiu, em 1815, os pistos. A superioridade do sistema de pistos ficou evidente sobre os demais sistemas de vara, ao ponto de tornar-se universal e foi adotada pela maioria dos fabricantes de trompetes.

Produção do som:

O som é produzido pelo sopro do ar através da boca fechada, produzindo um som "vibrante" para dentro do bocal e dando início a uma onda estacionária formada pelas vibrações na coluna do ar no interior do trompete A freqüência de vibração do ar é determinada pelo comprimento do tubo, velocidade do ar no interior do instrumento, ângulo de entrada do ar no tubo. O trompetista pode produzir uma série de sons harmônicos alterando a abertura e a tensão dos lábios junto ao bocal; esta interação entre os lábios e o bocal é chamada de embocadura.
Os trompetes modernos têm três pistões, cada um dos quais se aumenta o tamanho da tubulação quando são acionados diminuindo assim a freqüência de vibração do som. O primeiro pisto abaixa o tom do instrumento em 2 semitons, o segundo pisto diminui a freqüência de vibração do instrumento em 1 semitom, e o terceiro em 3 semitons. Alguns trompetes do tipo Picolo tem um pisto adicional que abaixa a freqüência de vibração do som e 5 semitons. A combinação destes pistos, separados ou individuais é capaz de garantir ao trompete a execução da escala cromática. O registro da combinação dos pistos 1 e 3 não é uma harmônica perfeita e tem um pequeno desvio da freqüência da nota que se deseja executar, alguns trompetes possuem um mecanismo que compensa, através do aumento de um dos tubos, esta pequena imperfeição.
A figura abaixo apresenta as notas produzidas por cada configuração de pistos - Creditos: MacGyverMagic
Serie de tonos do trompete